Fundão apela a reforço de meios para fogos completamente descontrolados

O presidente da Câmara do Fundão apelou hoje à tarde às autoridades nacionais para procederem ao reforço de meios de combate num fogo que lavra na Serra da Gardunha há quase dois dias e que está “completamente descontrolado”.

“O fogo está completamente descontrolado e faço aqui um apelo às autoridades nacionais, para além de todos aqueles que já fiz ao longo do dia, para procederem a um reforço de meios, porque neste momento o incêndio está a aproximar-se da aldeia histórica de Castelo Novo e podemos ter aqui situações complicadíssimas”, disse Paulo Fernandes, em declarações à agência Lusa.

Este fogo começou na localidade de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco, às 01:27 de domingo, e, entretanto, progrediu para o concelho do Fundão, onde entrou cerca das 17:00 do mesmo dia, tendo-se mantido “fortemente ativo” durante toda a noite e dia de hoje, tendo já passado por várias freguesias da encosta da Serra da Gardunha.

Às 18:40, o combate às chamas estava a ser feito por 214 operacionais, auxiliados por quatro meios aéreos, segundo a informação disponibilizada na página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Meios que o presidente da autarquia fundanense considera “manifestamente insuficientes para as necessidades”: “Neste preciso momento [cerca das 18:30] não temos um único carro de combate ao pé de nós, aqui na aldeia histórica de Castelo Novo e o fogo está a aproximar-se”, referiu.

Paulo Fernandes garantiu que “a situação é gravíssima” e que, “não obstante o esforço e dedicação dos bombeiros”, se verifica uma “manifesta falta de meios para a magnitude das chamas”.

Salientado que a linha de fogo “já terá cerca de 25 quilómetros”, o autarca lembra que “a Serra da Gardunha está completamente a arder” e que, neste concelho, o fogo já abrange o perímetro das freguesias de Souto da Casa, Alcongosta, Alpedrinha, Castelo Novo, para além da área do Louriçal do Campo e São Vicente da Beira, no concelho de Castelo Branco.

Segundo explicou, até ao momento foi possível proteger pessoas e bens e procedeu-se apenas à retirada “de algumas pessoas” que viviam em casas mais afastadas dos centros das localidades, bem como à evacuação do “Natura Glamping”, um empreendimento turístico localizado no cimo da Serra da Gardunha, em Alcongosta.

Além disso, está a ser equacionada a hipótese de evacuar a aldeia de Castelo Novo: “Vamos ver como evolui o fogo nesta próxima hora, mas é provável”, acrescentou, explicando que a possibilidade de ativar Plano de Emergência Municipal também está a ser avaliada.

O autarca adiantou ainda que a Administração Regional de Saúde do Centro já decidiu manter o Centro de Saúde do Fundão aberto ao longo de toda a noite. (Lusa)

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