Violinista português atravessa a China em tournée com quarteto polaco

O violinista português Emanuel Salvador destaca o “grande interesse” do público chinês pela música clássica ocidental, no termo de uma digressão que fez pela China, com o seu quarteto de cordas, Baltic Neopolis, e que terminou esta semana.

“Em Jilin, tocámos para 1.400 pessoas, o que não é muito normal, porque o quarteto normalmente toca apenas para 400 ou 500 pessoas”, descreve o músico à agência Lusa, sobre o “interesse” chinês pela sua música.

Nascido em 1981, Emanuel Salvador vive atualmente na Polónia e faz parte do quarteto Baltic Neopolis.

Esta semana, concluiu uma série de oito concertos, em sete cidades que vão do sul ao norte da China, desde a província de Jilin, junto à fronteira com a Coreia do Norte, a Nanning, próximo do Vietname.

O programa, além de incluir obras de Beethoven, Schubert e Philip Glass, contou ainda com uma peça do compositor chinês He Zhanhao, “Butterfly Lovers”.

“O público em geral é muito recetivo”, disse Emanuel Salvador à Lusa. “Depois dos concertos, temos sessões de autógrafos, em que eles nos tratam quase como artistas pop ou rock, como se fossemos estrelas”, acrescentou.

O violinista português, que já viveu em Londres e Berlim, disse ainda ter ficado surpreendido com a qualidade das salas de espetáculo que encontrou na China.

“É incrível: todas as salas onde tocámos são o último grito de tecnologia e, arquitetonicamente, são também muito bonitas e arrojadas. Em termos acústicos são muito boas e, por isso, é sempre um prazer”, descreveu.

A outra surpresa foi a quantidade de jovens que assistiram aos concertos, em contraste com a Europa, onde o público “é muito mais sénior”.

“Vemos aqui um grande potencial futuro. Muito interesse na música clássica ocidental. Infelizmente, há um declínio na Europa, com um público que está a envelhecer”, observou.

Após terminar a tour pela China, Emanuel Salvador partiu para o Japão, onde vai tocar nas cidades de Yokosuka e Hamamatsu.

Questionado sobre a alegada falta de criatividade dos músicos asiáticos, Emanuel diz que isso tem a ver com a educação.

“Os alunos [asiáticos] copiam muito os professores e tentam sempre ser o mais fiel possível na cópia”, explica. “Os europeus, se calhar, são um bocado mais espontâneos e procuram o individualismo”, conclui. (Lusa)

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