António Zambujo em concerto no Cine-Teatro de Castelo Branco
António Zambujo é um dos nomes incontornáveis da música portuguesa atual.
Mais do que curioso, muito mais do que circunstancial, torna-se significativo perceber que, muitas luas antes desses sinais de justo reconhecimento, já havia um homem a traçar um peregrino equilíbrio entre estes dois mundos com identidades próprias, grandezas semelhantes, percursos paralelos e, também, afinidades por descobrir António Zambujo.
23 de Abril de 2017 Domingo em Castelo Branco no Cine-Teatro Avenida.
António Zambujo nasceu em Beja, Alentejo, a 19 de Setembro de 1975. Por inerência familiar e geográfica, cresceu a ouvir a gravitas do cante alentejano. Sabe-se, também, que, ainda pequeno, se deslumbrou com as grandes vozes fadistas, Amália Rodrigues à cabeça, mas trazendo à ilharga Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro ou Max.
Dispôs de uma feliz infância musical – começou a estudar clarinete com apenas oito anos – e de uma adolescência activa neste campo – cantando en família ou ganhando um concurso destinado a jovens fadistas, quando tinha 16 anos, até que aportou a Lisboa, numa decisão de risco que ajudou a moldar-lhe o futuro.
Em dois passos, fez-se amadurecer no primeiro, pela mão do guitarrista e compositor Mário Pacheco, conheceu em regime diário (ou nocturno, se preferirem) os bastidores e os segredos do universo fadista, juntando-se ao elenco do Clube do Fado.
No segundo, desbastou as inseguranças e os truques do palco, como um dos escolhidos por Filipe La Féria para o musical Amália, em cena durante quatro anos; António era nem mais nem menos do que Francisco Cruz, o primeiro marido de Amália…