Candidaturas no montante de 10,2 ME para estabilização de solos na região Centro

O secretário de Estado das Florestas anunciou que 20 entidades apresentaram candidaturas no valor de 10,2 milhões de euros para estabilização de emergência de solos dos territórios afetados pelos incêndios de junho na região Centro.

Ao todo, nove municípios, três assembleias de compartes, uma cooperativa de proprietários florestais e sete juntas de freguesia apresentaram candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 para avançarem com ações de “estabilização de emergência” pós-incêndio, disse à agência Lusa o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que visitou hoje a estação-piloto para a recuperação das áreas ardidas, situada no Baldio de Alge, na fronteira entre os concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, distrito de Leiria.

“Numa primeira fase, vai atuar, sobretudo, no controle da erosão de solos e intervenção para proteger as linhas de água. E a segunda fase será aquilo que é a recuperação da área ardida, com a recondução da floresta”, explanou.

A grande preocupação, neste momento, é a “estabilização de emergência para não haver perda de qualidade de solo e para proteger as linhas de água da região”, frisou Miguel Freitas.

O governante recordou que foi declarada calamidade pública, sendo que as entidades que se candidataram podem avançar já com a operacionalização da “estabilização de emergência”.

“É preciso agir rapidamente”, vincou, durante a visita à estação-piloto, onde estão exemplos de soluções de estabilização de encostas e de mitigação de fenómenos erosivos em linhas de água, criadas por unidades de investigação da Universidade de Aveiro e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Em declarações à Lusa, Miguel Freitas realçou que o objetivo é “utilizar os exemplos demonstrados na estação-piloto” para a estabilização necessária no território afetado por dois grandes incêndios, que deflagraram a 17 de junho, em Pedrógão Grande (Leiria) e Góis (Coimbra).

Os exemplos de técnicas de retenção passam pela criação de barreiras com recurso a troncos ou ramos de árvores queimadas, pedras encontradas no local ou a utilização de palha de côco (pode também ser qualquer tipo de palha).

Na estação-piloto, aponta-se também para a caruma espalhada pelo solo ou restos de eucalipto ou pinheiro triturados que podem funcionar como barreira para as escorrências de água.

“Conseguimos fazer isto sem grandes perdas de valor comercial [para o proprietário] e utilizando recursos que estão no terreno” e orgânicos, frisou o investigador e docente da UTAD, Domingos Lopes.

Na estação-piloto estão ainda presentes outros dois parceiros: a Escola Superior Agrária de Coimbra e o Instituto Superior de Agronomia de Lisboa.

Nesta fase, estas duas instituições atuam com ‘drones’ para fazer um mapeamento dos terrenos e recolha de dados.

Miguel Freitas destacou o “espírito de colaboração”, considerando que tudo deve ser “feito, sobretudo, com uma visão e método”. (Lusa)

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